A "Ministra da Igualdade" Irene Montero, do partido de esquerda feminista e pró-gay PODEMOS, afirmou em discurso ao parlamento espanhol que os menores "têm o direito de saber que podem amar ou fazer sexo com quem eles quiserem. Baseados, isso sim, no consentimento”. O seu partido está empenhado numa campanha nacional para reduzir de 16 para 12 anos a idade mínima para a prática legal de atos sexuais.
Segundo Montero, o sexo com menores só não pode ser considerado lícito quando não há o "consentimento" do menor, pois "todos os meninos, meninas, menines" [sic] teriam o "direito de conhecer seu próprio corpo" e "saber que nenhum adulto pode tocar seu corpo, se eles não quiserem". Sem esse consentimento, ela disse, é "uma forma de violência".
Estarrece o povo espanhol também o fato de esta espúria declaração surgir num momento em que dados apontam que os casos de pedofilia quadruplicaram na Espanha na última década, um crime hoje facilitado pelas redes sociais e outros canais da internet através dos quais os criminosos conseguem acesso a imagens de pornografia infantil ou contatam crianças diretamente.
Montero - a controversa ministra do PODEMOS - foi nomeada pelo governo socialista do primeiro-ministro Pedro Sánchez, um defensor do aborto como "direito", além de ateu obstinado, inimigo declarado do ensino religioso e cujo governo já foi elogiado por Lula inclusive.
A sigla de Sánchez, o PSOE - Partido Socialista Operário Espanhol -, hoje domina o poder executivo e tem se mostrado um partido radicalmente anticristão, postura evidenciada pela imposição de uma lei para criminalizar e punir com prisão as pessoas que rezarem em frente a clínicas de aborto.
Por décadas, a esquerda mundial tem se empenhado para associar a imagem da Igreja Católica - sobretudo a imagem de padres e bispos conservadores - a casos de estupro e abusos de menores, enquanto ela própria - a esquerda acadêmica, artística, corporativa e partidária - vem provendo de forma ostensiva a aceitação política e a legalização deste abominável crime que atenta contra a inocência e a integridade física, mental e espiritual de crianças e adolescentes. O pretexto invariavelmente usado é do "consentimento" da vítima, como se este fosse, por si só, capaz de transformar um crime hediondo num ato perfeitamente moral.
O mero "consentimento" como critério definitivo de licitude moral é uma deplorável herança direta do pensamento liberal de autores como Thomas Hobbes e John Locke (sim, a esquerda também é filha do velho liberalismo iluminista). Para Hobbes, o direito se constitui como um vácuo de obrigações morais que não sejam aquelas determinadas pelo Estado, de modo que ninguém poderia ser inibido de cometer uma imoralidade não vetada pela lei ou impedido de se matar, por exemplo. Em Locke, todo indivíduo é, por direito, proprietário absoluto do seu próprio corpo, podendo dele dispor como bem desejar. Hoje, estes pressupostos facultam aos abusadores um argumento para violar crianças que "consentem" na violação, embora possam ser facilmente induzidas ou coagidas a dizer que "consentiram" e ainda não estejam sequer em idade núbil (adequada para casar) e tampouco maduras o bastante para terem consciência do significado de uma relação sexual e das consequências de um tal "consentimento".
No Brasil, a deputada federal Chris Tonietto tem sido perseguida pelo Ministério Público por falar da associação entre quadros da militância LGBT e a promoção deste tipo de pauta.
LEMBRE-SE! Os parlamentes e governantes que escolhermos nessas próximas eleições serão, sem dúvida, decisivos nesta batalha: está nas nossas mãos (depois das de Deus) o poder de frear o avanço cada dia mais escabroso (e criminoso) da revolução sexual. Não podemos fechar os olhos, cruzar os braços, omitir-nos, e deixar que a esquerda continue ganhando terreno e impondo seus projetos infernais.
É nosso dever rezarmos muito e nos engajarmos ativamente nessas eleições em prol dos melhores candidatos (ainda que imperfeitos), em favor daqueles que mais têm favorecido ou poderão favorecer o verdadeiro Direito. a sã moralidade e os princípios católicos.
Santo Padre Pio de Pietrelcina, rogai por nós.